quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tiroteio no Metrô

Um homem estava parado próximo à escada, com cara de quem ainda está chocado por algo que viu. Um moço entrou correndo no Metro prestes a partir. Outro moço subiu correndo as escadas. Alguém gritou: Ladrão! E ouviu-se um tiro.

Os passageiros do Metrô saíram correndo. Alguns se esconderam atrás das pilastras, outros atrás da proteção da escada, e alguns permaneceram parados na porta do Metro.

Os tiros foram disparados próximos às catracas. Um homem foi ferido na perna, uma mulher foi ferida de raspão.

Os ladrões fugiram.

E a Paulista seguiu seu dia normalmente.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Férias

Faz apenas 1 semana e 2 dias que meu chefe está de férias. E não agüento mais!
Ainda preciso sobreviver por mais 2 semanas e 3 dias.

sábado, 15 de setembro de 2007

Apaixonar-se

Para se apaixonar é preciso encontrar alguém com compatibilidades. Compatibilidade de instrução, de trabalho, de altura, de formação cultural, de modo de ver o mundo, de pele, de cheiro, de corpo, de hábitos alimentares, de coisas que se acha engraçado. O que nos atrai em outros são os reflexos de nós mesmos.
Como então se proibir de apaixonar por alguém?
Ou como se forçar a se apaixonar por outro alguém?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Fim do mundo

Quando eu tinha uns 13 anos, pensava que se a cidade ficasse insuportavelmente violenta, perigosa e corrupta apareceriam os super-heróis. Afinal, Gothon City é perigosa e o Batman vive lá. Metrópolis é violenta, é o Super-homem vive lá. A Tokyo do futuro é horrível e o Akira vive lá.

Hoje, depois de ler as notícias do Renan, depois do mensalão, do ataque do PCC, do menino arrastado pelo carro roubado; depois de ver o egoísmo e a ganância dos indivíduos; depois de ver crianças e velhos nas ruas, e gente pedindo comida (comida!)... não sei mais qual esperança resta para o mundo. Os heróis não apareceram. A violência, a corrupção, o perigo tomou conta da cidade.

Perdi a fé no ser humano.

Não sei mais se vale a pena os heróis aparecerem.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Trabalho demais

Parece que há meses o homem elogiou meu “orobóros”, na passarela do Metrô; há semanas que eu estava sentada na mesa da cafeteria conversando com o professor de inglês; e há dias que sai às 23hs do trabalho naquela segunda-feira de ontem.
Que fizeram com os dias? Aumentaram?
Só pode, porque desde o começo deste ano meus dias têm mais de 24 horas. E na maioria das horas estou trabalhando.
Nunca na minha vida de 30 anos trabalhei tanto!
O lado bom é que aprendi pra caralho -- com perdão do palavrão.
Aprendi a escrever matérias interessantes, a apurar detalhes, a editar com bom senso. Aprendi a distribuir trabalho, a ouvir críticas, a lidar com pessoas e estilos diferentes.
Aliás, aprendi que pessoas são diferentes. Amadureci com essa lição.
Quando eu era pequena, me perguntava qual seria o ponto divisório entre a infância e a vida adulta. Ouvia as pessoas dizerem que era a maturidade. Quando a pessoa ganhava maturidade, diziam, virava adulta. Pela perspectiva dos meus 13 anos, ter maturidade era saber dirigir, trabalhar e ganhar dinheiro para sair.
Hoje, reconheço que a maturidade é mesmo um marco divisório: entre a imaturidade e a maturidade, entre o amador e o profissional, entre o impulso e a sabedoria, entre a inexperiência e a experiência.
Maturidade é continuar editando o texto mesmo quando a vontade é de abandoná-lo na segunda linha. É respeitar o jeito da pessoa, em vez de dar um soco na cara dela.
Maturidade não é ficar adulta, mas ficar mais confiante, paciente.
Pena que o torcicolo que me machuca há três dias-ano não me deixa curtir a descoberta. É o outro lado de se trabalhar demais.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Pitbulls

De tempos em tempos a população escolhe um cão feroz. Há mais de anos, os dobermanns sofriam a perseguição que os pitbulls sofrem hoje.
Era a mesma história: cão assassino, traiçoeiro, mistura de raças, crânio pequeno, louco, orelha cortada, ouvido sensível, agressivo, criado para matar.
Naquela época, várias pessoas foram atacadas, inclusive os donos dos dobermanns. As pessoas jogavam os dobermanns nas ruas.
Eu convivi com alguns dobermanns. Um deles, dormia no colo como qualquer poodle. E hoje conheço uma pitbull, a Ágata, que é mais mansa que minha gata.

Quem devia usar focinheira, ser castrado e exterminado são os pitboys.