quinta-feira, 26 de julho de 2007

Quem tem medo do lobo mal?

Apenas para registrar o horário.
Não vou reclamar: tenho uma matéria para acabar. 1 de 3. Até sexta... Tudo vai dar certo. Sempre dá, no final -- delas.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Foi meu primeiro dia com 30 anos

Meu dia foi diferente hoje. Foi meu primeiro dia numa nova casa de números decimais.

Andei pelas ruas com guarda-chuva azul-marinho listrado, calça social preta, blusa verde musgo de corte discreto – com exceção do decote – e bolsa do Gato Félix. Andei pelas ruas como andei ontem. Nada mudou.

Daí pensei: se me dessem uma bengala e me condicionassem a usá-la, certamente eu andaria mancando; se me dessem uma boneca e me condicionassem a usá-la, certamente minha imaginação seria igual ao do meu sobrinho de 5 anos.

A idade é só uma medida criada pelos homens. O que realmente importa é a idade interior de cada um. O modo como cada um encara as tristezas e as alegrias da vida é que forma as rugas na alma.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

De perto ninguém é normal e poucos são competentes

Eu admirava um jornalista do mercado. Achava ele um cara legal, competente, profissional. Formei minha opinião baseada na sua postura em coletivas, eventos, festas. Sempre nos encontrávamos. Na verdade, nunca parei para ler um texto dele.

O jornalista começou a trabalhar comigo. Passei a ler os textos dele. Textos bons, gostei. Textos diretos, claros, com uma pitada de criatividade, e até de graça. Mas, de perto, percebi uns cacoetes do jornalista.

Ele tinha algumas posturas que eu não admirava, mas também não condenava. Tipo ir a palestras sem interesse para ganhar presentes. Daí, comecei a perceber outros cacoetes, esses sim que eu condenava.

Tipo, não entrevistar uma empresa porque, no passado, a empresa não o convidou para uma viagem. Que raio de profissional é esse?

Agora fiquei com birra do jornalista. Ele continua sendo uma pessoa legal. É bacana para ir em festas, para tomar um café, para conversar. Mas no momento que eu trabalho qu ase 12hs por dia, não aceito uma pessoa que deixa de fazer entrevistas por motivos pessoais.Se ele não faz a entrevista, fica uma entrevista a mais para eu fazer. Injusto.

Ele agora está longe de ser o profissional que eu admiro.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Mundinho violento

Eitcha! Ler notícia no jornal virou sessão de estresse. É crime hediondo, doloso, culposo, preterdoloso, ambiental, de leso-patriotismo, de lesa-razão, de responsabilidade. Existem tantos crimes hoje no mundo quanto existem no dicionário. Ou melhor, faltam tipos de crime no dicionário para tanto crime do mundo.

Domingo fui no funeral de quatro rapazes que morreram numa chacina. Foi minha primeira vez.

Chocante, posso dizer. Imagino o pobre do pai que abriu a porta de casa e viu o filho caído no chão com um tiro na cabeça... E imagino o moço, ouvindo os amigos sendo executados e sabendo que ele será o próximo.

Hoje cedo ouvi sobre o pai que deu dois tiros no filho achando que era um ladrão; e ontem assisti a matéria sobre a empregada espancada; e vejo e leio sobre o congresso...

Até onde chegará o Brasil? Não dá mais para continuar nesse ritmo de violência. É estressante demais. Ou a violência pára ou eu paro de ler jornal.