Esperando...

Num momento estamos tomando café e no momento seguinte tudo muda.

Nunca tive vocação para crer em milagres e não há motivo para isso agora. Sei que ainda é cedo, mas por experiência própria já espero o pior.

A Mel pode estar com um câncer que atinge 1 em cada 1.000 gatos. Vai operar segunda para tirar o nódulo. Depois, é esperar a confirmação ou a negação.

Se ela estiver com câncer, vou sacrificá-la.

Perto do fim

Estou no limite das minhas forças. Não posso e nem quero (e nem preciso) ficar doente, como acontece quando o corpo está cansado. Preciso apenas de uma praia, ou uma cama, ou dias menores com semanas maiores. Preciso só um tempo. Só uma sombra. Amanhã estarei melhor. Estarei nova amanhã!

Violoncelo no Metrô

Vi uma cena inusitada hoje no Metrô. Era tarde. O movimento na estação Trianon estava tranqüilo. Quando o trem se aproximou e diminuiu a velocidade, vi as pessoas lá dentro passando em câmera lenta. Meu olhar parou num vagão no meio do trem. No último banco, um moço tocava violoncelo.

Não resisti. Entrei no vagão.

O moço vestia calça social e camisa preta, sapato e cinto. O rosto era comum, nenhuma beleza ou feiúra fora do normal. A maleta do instrumento estava apoiada no banco do lado, enquanto ele tocava seguindo as recomendações de uma moça.

Ela, morena, gordinha, também vestida de preto, levava na mão outro instrumento dento de uma valise -- talvez um violino? Aos seus comandos de mais rápido ou lento, o moço ensaiava alguns trechos de música.

Todo o vagão olhava intrigado para os dois, um misto de surpresa e curiosidade. Os dois pareciam não se importar.

Quando eu desembarquei na Paraíso, eles seguiram pela linha Verde.

Engraçado é que dois dias atrás li no blog de uma amiga sobre um moço escovando os dentes no carro. Realmente, nessa são Paulo se encontra de tudo na rua. Já vi uma mulher andando de pijama em plena Av. Paulista; mas gente escovando os dentes no carro e gente tocando violoncelo (cá entre nós, é um instrumento grandinho) no Metrô... isso é novidade pra mim!

Trabalho de domingo

Tenho de escrever 14.400 toques até amanhã. Antes, tenho de acabar de ler os dez textos (com quatro páginas em média cada um) de apoio. Depois estruturar as idéias, organizar os subtemas e escrever.

A tarefa é difícil, eu sei. Mas em outros dias eu encarei desafios iguais numa boa. O problema é que hoje, justo hoje, estou a fim de dormir, de sonhar, de pensar, ou de brincar com a Mel; qualquer coisa menos escrever.

A Mel parece perceber: joga a bolinha no meu pé, anda por cima da mesa, do computador, passeia lentamente pela estante, se aninha confortavelmente por alguns minutos, até recomeçar a andança despreocupada e marota.

Nisso, eu já estou há uma hora tentando me concentrar, convencendo a mim mesma que quanto antes começar, menos tarde acabarei. E que se não acabar, estarei numa situação muito desagradável amanhã.

Razão ou sensibilidade

Dinheiro ou aprendizado?
Sucesso ou status?
Medo ou intuição?
Risco ou acomodação?

O Segredo

Meu professor não fala de outra coisa senão no O Segredo. Ele ganhou a cópia de um amigo, assistiu e ficou encantado. Semana depois, achou no jornal de San Diego uma resenha sobre o The Secrect -- que, segundo o crítico-jornalista, não tem segredo nenhum, mas vale a pena ver.

No último mês, as aulas de inglês giraram só em torno do Segredo. De como as crianças sabem usar o Segredo, de como nós devemos usar o Segredo, de como EU posso usar o Segredo, de como algumas pessoas não estão preparadas para ouvir o Segredo e de como o Segredo chega até as pessoas preparadas para ouvi-lo. As aulas ficaram previsíveis e monótonas.

Não bastasse meu professor, hoje cedo, minha mãe apareceu com uma cópia do Segredo. Ganhou de uma amiga, na academia, onde todos discutem o assunto.

Devo estar realmente preparada para aprender sobre o tal Segredo. Isso ou presencio uma loucura coletiva...

Agora estou curiosa sobre o filme.

Welcome

Mais um blog. É o terceiro deste ano, considerando os que morreram. Não tenho certeza se este sobreviverá, ando realmente enjoada de blog. Mas pelo menos este não será bisbilhotado por pessoas maníacas, compulsivas, carentes e malucas.

O layout não ficou lá essas coisas. Com o tempo mudo; é a vantagem da ferramenta amigável da Blogger.

Essa foto daí é verdadeira. Tirei lá no museu de arte moderna de NY. Enquanto eu preparava a câmera e apreciava o quadro, o Sr. Bundão aí entrou na frente. No fim, acho que ele devia fazer parte do quadro, combinou com a atmosfera...