Não dá para tapar o sol com a peneira

Velho jargão, mas funciona bem para a cegueira nacional. Oras, o Brasil é lindo, cheio de belezas naturais -- verdade. Mas o Brasil é um país pobre, São Paulo é uma cidade feia, as calçadas da Av. Paulista são quebradas. O Brasil é um país ruim. Por que reconhecer isso é tão difícil?

Os brasileiros são simpáticos, ok. A paisagem natural é linda, ok. Existem pessoas boas aqui, ok. Os programadores brasileiros, dizem, são melhores que os outros, ok. E tem gente tentando fazer a diferença por aqui, ok também. No entanto, enquanto não reconhecermos que o Brasil é um país pobre, ele não vai para frente. Simples assim.

O Brasil tem potencial, pelo menos eu ainda creio nisso. E pode um dia ser um país bacana, com ruas descentes, programas educacionais eficientes, segurança, atividades culturais acessíveis, qualidade de vida. Um dia ele chega lá. Hoje, ele não está.

Final de semana, finalmente.

Começa o primeiro final de semana depois de duas semanas sem ter final de semana.

No último final de semana, tive vários preparativos para uma festinha em casa, atividades rotineiras de Dia das Mães e trabalho: precisava terminar uma matéria. No outro, estava em Campynas, cobrindo um evento.

Amnahã, se os deuses permitirem, quero dormir muito!!!

Sometimes, life is so boring.

Quero saber inglês com perfeição, conhecer o nome de todos os artistas clássicos, tocar piano como os grandes mestres, ter tempo para ler os bons livros, pintar, viajar, ir aos museus da Europa, passear no Central Park, velejar pelas ilhas gregas.

iGoogle

Mais uma novidade bacana do Google. Pelo iGoogle dá para colocar vários sites numa única página, de forma muito mais fácil que os aplicativos de RSS. E o layout da página funciona como o do blogger: basta arrastar as caixas de um lado para o outro.

Meu iGoogle tem previsão do tempo, vários sites de notícias, dicionário, tradutor e tirinha do Garfield.

Vale conhecer: www.google.com/ig

UFA!

Saiu o resultado da Mel: tudo normal com ela, nada maligno. :-)

Final de semana interessante.

Ainda no evento, tentei organizar minha agenda de sábado para aproveitar o hotel. O plano era: acordar cedo, vestir o uniforme laranja-gari, descer para tomar café, localizar a executiva, agendar a entrevista [para as 16hs se possível], fugir para o quarto, trocar a blusa laranja-gari pelo biquíni, me esgueirar até a piscina, nadar um pouco e tomar sol; voltar ao quarto as 113h30, tomar banho, vestir o uniforme, pegar bloquinho e caneta, descer para o almoço, almoçar e fazer as entrevistas das 14hs, 16hs e 17h10. Depois, lá pelas 18h30, subir e me arrumar para o jantar e a festa da noite.

Tudo saiu pela culatra.

Acordei cedo. Tomei uma ducha [caso a entrevista acontecesse logo cedo, em vez das 16hs como eu planejava], vesti o uniforme, desci para o café. Encontrei a executiva. O único horário disponível na agenda era às 12hs, durante o almoço. – Ok, eu ainda continuava com a manhã livre para a piscina.

Terminei o café e subi para o quarto. Coloquei biquíni, short, camiseta. Durante todo percurso do quarto até a piscina passei camuflada entre pessoas de outro evento que rolava paralelamente no hotel. Passei pelo corredor do quatro, entrei no elevador, saí do elevador ao lado do meu evento, segui pela passarela até a piscina. Quando cheguei na piscina, meu coração parou por um segundo.

Toda piscina estava tomada por pessoas do outro evento: pessoas de call center, barulhentas, feias, pagodeiras, andando em bandos e falando gerundês. No meu plano, elas não existiam em volta da piscina.

Fiquei 15 minutos no sol, esticada em uma cadeira escondida. Na volta ao quarto, encontrei com o Big Boss no corredor próximo ao elevador. Não tive como disfarçar a alça do biquíni, o short e a camiseta. Por sorte, ele também estava fora do evento.

Voltei ao quarto, tomei banho, vesti a camiseta laranja e fui para o evento carregando o peso da piscina frustrada.

Os outros dias, inclusive o domingo, foram bem parecidos. Café da manhã, palestra, almoço, entrevistas, jantar, festa, cama, café da manhã. Consegui ir na piscina no sábado a noite, depois da palestra e antes do jantar. E fui na sauna também, por 15 minutos. Saí do evento as 16hs de domingo, enjoada da cor laranja.

I'm going to Campynas

Passarei de quinta a domingo num hotel em Campinas trabalhando num eveto da firrrma. É tudo o que sei.

Não sei o nome do hotel, onde fica, como é, qual meu quarto, a hora de ir ou vir embora.

Por sorte, tenho camiseta da firma para usar; fazer a mala será mais fácil.

Em compensação, tenho jantares todos os dias, e a camiseta da firma é laranja-gari. Combinar qualquer outra cor senão preto será um desastre.

Coisa de pobre essa de passar o final de semana num evento em Campinas vestindo camiseta laranja-gari. Nem mesmo americanizando o nome da cidade a coisa fica mais chique...

Vou parar de reclamar, ok.